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INTRODUÇÃO: A endometriose é uma doença ginecológica crônica que afeta milhões de mulheres em idade reprodutiva, provocando dor intensa e comprometendo a qualidade de vida. No entanto, o acesso ao diagnóstico precoce no Sistema Único de Saúde (SUS) ainda é um grande desafio devido a fatores como a escassez de exames especializados, a falta de capacitação profissional e a ausência de diretrizes clínicas bem estabelecidas. O longo tempo entre o início dos sintomas e a confirmação diagnóstica evidencia a invisibilização dessa condição como um problema de saúde pública, dificultando o manejo adequado da doença. OBJETIVO: Analisar os desafios enfrentados pelas mulheres no acesso ao diagnóstico da endometriose no SUS e suas implicações para a saúde pública. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa de literatura baseada na busca de artigos científicos, diretrizes clínicas e documentos institucionais publicados entre 2018 e 2025. As fontes de dados incluíram as bases PubMed, SciELO, LILACS, BDENF e Google Scholar, utilizando descritores relacionados à endometriose, diagnóstico e saúde pública. Os estudos selecionados foram analisados e categorizados em eixos temáticos para estruturar a discussão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O diagnóstico tardio da endometriose no SUS está relacionado à falta de exames de imagem especializados, à carência de profissionais capacitados e ao viés de gênero na assistência médica, que minimiza os sintomas femininos. Estratégias como a criação de centros de referência, a capacitação da atenção primária e o uso da telemedicina são alternativas para melhorar o acesso ao diagnóstico. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A endometriose deve ser reconhecida como um problema prioritário na saúde pública. A implementação de políticas eficazes, a ampliação de exames especializados e o fortalecimento da capacitação profissional são fundamentais para garantir um diagnóstico mais ágil e um tratamento adequado às mulheres acometidas.